O Gloster Ideal

11-02-2013 22:00

O Gloster Ideal

Só para quem sabe ver
 
Muito se tem dito sobre a arte de escolher um canário para a reprodução. Criadores, experientes ou não, falam de campeões que quase nada transmitem de qualidades aos seus descendentes; falam também, de canários com baixa pontuação em concurso, mas por serem portadores de boa linhagem, são bons "raçadores", isto é, transmitem aos seus descendentes características desejáveis da raça.
Muitos criadores compreendem o alto grau de segurança ao adquirir um canário para reprodução, oriundo de um Criatório com bons exemplares.
Quando me propus a escrever sobre a escolha de um canário de porte para a reprodução, mais especificamente, o Gloster, não o fiz com a pretensão de produzir um tratado científico discutindo possibilidades genéticas. Saberes científicos são complexos, estão nos livros e todos os criadores, com mais ou menos experiência na canaricultura, tem obrigação de saber sobre eles.  Escrevo com  a intenção de refletir sobre o ato subjetivo de ver o canário.

Por que o Gloster?

Escrevo sobre o canário Gloster porque fui cativado por sua graciosidade e pela harmonia dos seus movimentos. Isso não se explica, faz parte da imensidão da alma humana. Todas as raças de canários têm seus admiradores. Foi dito que o canário Gloster, como todos os canários de porte, é uma escultura, uma obra de arte. O Manual de Julgamento de Canários de Porte, publicado pela Ordem Brasileira de Juizes de' Ornitologia, Edição 97 diz o seguinte: "Na canaricultura, o segmento dos canários de porte pode ser comparado à escultura. Os criadores procuram através de cruzamentos judiciosos produzir pássaros que se assemelhem, ao máximo, na forma, posição e plumagem a um modelo preestabelecido denominado padrão da raça". Ora, se é uma escultura, resta ao criador aprender a olhar e ver com sensibilidade e conhecimento. O desenvolvimento dos sentidos para compreender e conhecer um canário Gloster ideal necessita de aprendizado.
Numa primeira olhada um canário Gloster é "apenas um Gloster" de boa ou má qualidade. Já numa segunda vista, dependendo dos conhecimentos de cada criador, surgem os detalhes, que serão avaliados como características da raça.
Ninguém se transforma num bom conhecedor de Gloster de um dia para o outro, mesmo os mais instruídos necessitam do tempo.
O tempo acomoda os saberes e forma na memória um padrão ideal da raça. Para aprender é preciso exercitar visitando exposições, criadores e dialogar com juizes especialistas na raça Gloster. Faz parte das pessoas comparar a imagem de um lugar ou de um objeto ou de um animal, com imagens ou impressões guardadas na memória. 
Quando um criador se propõe a adquirir um canário Gloster, o julgamento que ele faz "a priori”, é comparar o canário que está vendo com o canário existente na sua memória. Pode-se chamar isso de uma avaliação perceptiva, consciente e técnica.
Pode ocorrer, muitas vezes, que a imagem do canário guardada na memória está aquém da  imagem do Gloster ideal. Quando isso acontece, o  criador, sem se aperceber, adquiri um canário com  as mesmas virtudes e os mesmos defeitos os seus, isto é: com o mesmo formato da cabeça, topete, cílios, plumagem, postura, cauda, pernas e patas, forma e tamanho.
A dificuldade para avaliar um canário Gloster é perceber a harmonia entre os diversos  segmentos do seu corpo. Harmonia quer dizer disposição bem ordenada entre as partes de um todo; quer dizer ainda proporção, ordem e simetria. A complexidade para quem avalia um canário Gloster é uma arte, um jogo de combinar peças: cabeça e pescoço; pernas e patas; topete e ponto central e pescoço; presença de cílios ou sobrancelhas; tamanho e cauda; forma e plumagem (penas curtas, médias e longas), postura, movimentos e condições de saúde. Aprender a olhar e a ver é um exercício que exige um longo tempo.

PARA APRENDER A VER

Os olhos obedecem à ação da mente. Assim, o primeiro passo que um criador deve dar para a escolha de um Gloster ideal é a abstração. Aprender a ver é um exercício que exige o desenvolvimento do gosto, da sensibilidade e do intelecto.

O gosto (lat. gustus: sabor), em um sentido genérico é o instrumento e o árbitro do discernimento estético. Aprender a julgar com critério e sensatez um canário Gloster é ter desenvolvido na alma o sentimento do belo e da harmonia que existe entre as partes formadoras desse canário;

A sensibilidade (lat. vulgar sensibilitas), em um sentido genérico, é a capacidade que o criador tem de sentir, de ser afetado pela beleza e a harmonia da forma do canário. De receber todos esses estímulos através dos sentidos, principalmente da visão;

A inteligência (do lat. vulgar intelligentia) em um sentido genérico se aproxima de intelecto, entendimento e razão. É a individualidade de cada criador. O intelecto dá autonomia ao criador. Entendimento é a faculdade que um criador adquire de compreender ou pensar por idéias gerais ou conceitos. A razão é a capacidade de julgar que caracteriza o ser humano, de distinguir o verdadeiro do falso. Se a primeira fonte que temos ao olhar um canário Gloster é a sensibilidade, a segunda é o entendimento, poder de julgar, poder de conhecer o não sensível. Por isso, desenvolver a inteligência de um criador para o canário Gloster envolve sentimento, percepção, memória, raciocínio, seleção de dados, previsão, analogia, simbolização e autonomia.

Criar canário é um jogo. Para se divertir e estar feliz com esse jogo, é preciso aprender as regras e entender a intenção do jogo.

Com o passar do tempo aprendi a brincar de criar canário Gloster. Confesso que os melhores professores que tenho tido ultimamente são a paciência e o tempo para aprender. Por último, aprendi a não atribuir aos outros criadores os erros provocados pela minha ignorância. Esperteza é um mito e uma lenda que pertence à velha e esfarrapada tradição cultural dos antigos criadores de canários brasileiros.
Canário de boa qualidade para a reprodução é privilégio de quem sabe ver.

 

Nos Gloster Fancy, a ave com poupa é conhecida como corona, e é provavelmente a grande responsável pelo enorme número de pessoas que criam Gloster’s Fancy.
A coroa actual é causada por uma mal formação do crânio e resulta em penas que se ordenam em forma circular. Isto foi conseguido até ao seu estado presente de perfeição, dentro dos Gloster’s Fancy, por criação selectiva durante os últimos 75 anos, desde que a raça foi reconhecida como um tipo de canário.
O factor da coroa foi demonstrado como um factor dominante, e o Gloster Corona pode passar isto para 50% dos seus descendentes se o acasalamento consistir em 1 consort X 1 corona.
Nota: È possível, até mesmo vantajoso, como eu disse anteriormente, acasalar 1 consort X
1consort para melhorar este tipo de ave, isto já não é recomendável nos corona.
Se se reunir dois genes dominantes, estará-se a produzir um factor letal. O filhote que herdar esta combinação será impossível de se criar, e normalmente sucumbe logo antes de ser chocado, ou seja, com um acasalamento de dois coronas haverá uma taxa de 25% de mortalidade. Mesmo que tivesses êxito a criar uma ave destas, uma vez fora do ninho, é provável que seja mais susceptível a ajustes ou deficiências mentais.
Se se vir mais de perto a genética de um acasalamento corona X corona verás que não é possível herdar melhor do que aves como as nascidas com um acasalamento de consort X corona. Então, o acasalamento de corona X corona não oferece qualquer vantagem.

 

 

O Criador de Gloster’s, nos primeiros tempos, acreditava que o consort contribuía com algum factor na herança da coroa dos seus filhotes. Na suposição de que um dos pais do consort é corona, logo ele terá uma percentagem de corona.
Porém, apesar deste facto, o consort não contribui na verdade nada geneticamente para as coroas dos seus descendentes, porque o consort é homozigótico para factor de cabeça lisa onde o corona têm o factor dominante.
Se o consort tiver recebido o factor coroa do progenitor que for corona, claro que, terá que desenvolver uma coroa isto é está debaixo da influência do gene corona dominante.
Usando o Gloster Consort na tua criação:
Como se explicou anteriormente, o consort não contribui em nada geneticamente para as coroas dos seus filhotes, contudo a influência que o consort têm nos seus filhotes coroados nunca deve ser menosprezada.
No consort é mais fácil de apreciar a forma do crânio da ave, porque não é como no corona onde o crânio é escondido pelas penas da coroa.
Quando seleccionar os seus casais, é essencial que o consort complemente o seu parceiro corona. Este aspecto complementar de acasalar as aves, vale a pena, quanto mais se tentar
Contrabalançar os pontos negativos de uma ave com os pontos positivos de outra. Este tipo de
Criação leva alguns anos de trabalho para um total aperfeiçoamento da sua equipa de Gloster’s;
Contudo se este tipo de acasalamento for feito, as aves trabalhadas nunca serão consideradas as piores na avaliação de uma exposição.
Nota: Seja exigente quando selecciona quais as aves que vai manter para criação.
Os padrões de exibição requerem que o consort exiba uma cabeça redonda. Com bastante crânio de topo, e não mostrando penas apertadas atrás dos olhos, dando uma aparência de chicote. Qualquer que seja o ângulo em que a cabeça é vista, ela deve ter uma igualdade constante. Quando uma cabeça de um consort for alcançada, é possível colocar uma coroa que ela ajusta-se perfeitamente.
A textura da pena deve ser levada em grande consideração. Na textura, deve-se complementar o seu parceiro coroado. Aqui podemos fazer uso da textura de pena menor, largamente exibida pela maioria dos consort’s de qualidade. Browing leve em cima dos olhos é desejável, mas numa raça como o Gloster onde é esperado que o corona tenha um conjunto circunscrito de penas na cabeça; diferente do seu parente maior o Crested, o browing pesado que constitui aquela crista que cria um olhar de mal humorado não é necessário nem desejável.

 

CORONA/CONSORT

A poupa deve ser bem redonda e cheia, olhos visíveis.
Aderente na nuca.
O ponto central: No meio da cabeça
O mais pequeno Possível.
Pescoço largo, separação cabeça - corpo invisível.

Para ser possível julgar um Gloster criteriosamente, o juiz tem que rigorosamente ter um conceito sobre o tamanho da ave a julgar. Um bom Gloster, tem que apresentar uma boa cabeça e um bom tipo ou corpo, sendo o bico cónico e pequeno, e a cauda curta e estreita no alinhamento do dorso.

O corpo deverá ser o mais amplo possível descrevendo uma curva perfeitamente redonda, desde o bico à cauda.

O dorso cheio e ligeiramente abaulado dando-nos a sensação de arredondado, no que diz respeito ao tamanho (11cm), é difícil alcançar esta norma imposta pela COM-OMJ. O tamanho ideal deve manter o equilíbrio entre o corpo e a cabeça da ave, dando-nos a sensação de não ter pescoço. É importante quando acasalamos estas aves (corona X Consort) partimos do principio que juntando uma ave de maior tamanho com uma próxima do Stam exigido, iremos buscar certamente o equilíbrio e verificamos que a diferença será mínima (1cm aproximadamente). A plumagem assume no Gloster uma importância capital, idêntica ao tamanho, exigindo do juiz classificador um critério rigoroso na apreciação desta rubrica (15 pontos), para nós o Gloster tem que possuir uma plumagem de boa qualidade, sedosa, aderente ao corpo, sem excessos nos flancos (tufos), asas bem aderentes. As patas ligeiramente flectidas e coxas não visíveis, a posição deve ser altiva semi erguida e em movimento. Os Gloster coronas apresentam-se com grandes popas, directamente proporcionais à largura da sua plumagem. A grande dificuldade que o criador tem é conseguir encontrar o ideal Gloster consort para o acasalamento e como tal conseguir os desejados coronas de exposição. Como todos sabemos o Gloster Consort, nasceu para produzir os Gloster Coronas e é sem duvida na minha opinião um complemento desta raça nascida na Inglaterra. O juiz classificador deve ter em conta que os Gloster devem ser julgadas de preferência nas primeiras oras da manha.

Estas aves não devem ser julgadas nas seguintes condições:
-Quando a temperatura na sala de exposição estiver baixa.
-Quando a ave estiver em repouso ( Gloster encontra-se quieto na gaiola e com a plumagem solta o que melhora a sua forma, corpo mais redondo), o que pode levar o juiz ao engano na atribuição dos pontos.
- Por ultimo todas as aves desta variedade que apresentem sinais de coloração artificial na plumagem, serão desclassificadas.

O Gloster deve-se apresentar em boas condições de saúde, limpo e não danificado.

Introdução aos Canelas
Em minha opinião, os tons subtis do gloster canela pôs esta variedade de cor entre as cores de canário mais atraente.
Devido á habilidade dos canelas para melhorar a estrutura da pena, o criador de Gloster’s encontrará vantagem nisto ao manipular sangue de canela em linhas semelhantes como é dito em cima para criar (amarelos) Intensos.
Regras semelhantes ás usadas no estudo dos (Amarelos) Intensos, o uso de muito sangue de canela no seu estudo de gloster conduzirá a uma deterioração na cabeça e na qualidade do pescoço. Porém, como com os (Amarelos) Intensos, pode ser usada a boa qualidade da plumagem de canela como uma vantagem.
Ligação ao sexo
A herança da canela, têm ligação ao sexo, normalmente é difícil para um iniciado entender.
Porém quando devidamente explicado, é relativamente simples.
O gloster canela é efectivamente uma ave tri-colorida, sendo a sua cor básica ou cor de fundo, o amarelo ou o buff que são chamadas cores lipocrómicas.
Sobreposto nesta cor aparece os pigmentos pretos e castanhos, conhecidos como melaninas.
No gloster verde, a cor natural do canário selvagem, muito do castanho é mascarado pelo domínio do negro, mas se nós removermos a presença das melaninas pretas e deixarmos só as castanhas, ficamos perante uma ave canela.
Agora, aqui vem a parte confusa, há dois tipos de aves canela:
Primeiro, a canela visual. Estas aves têm os olhos vermelhos em jovens, que escurecerão até a idade adulta, na qual ficarão cor de ameixa, a cor da pena que a ave mostrará será a canela.
Segundo, portador de canela (canela não visual). Tudo o que foi dito anteriormente na canela visual acontece aqui, excepto a cor da pena, porque apesar de ser uma ave cheia de canela, ela está impossibilitada de expressar a cor canela na pena.
Genéticas
Como resultado de acasalamento canela, o macho pode ser um destes três tipos:
1. Canela (canela visual)
2. Portador de canela (canela não visual)
3. Sem canela
A fêmea pode ser canela neste caso ela mostra isso visualmente, ou sem canela.

Há cinco possíveis acasalamentos que envolvem coloração canela:
Acasalamentos Resultado
1.
Macho sem canela X Fêmea canela Machos portadores de canela. Fêmeas sem canela (note-se que todo o macho portador de canela é normal em coloração, isto é, canela não visual)
2.
Macho canela X Fêmea sem canela Machos portadores de canela. Fêmeas canela visuais (o resultado deste acasalamento as fêmeas descendentes podem ser determinadas pela saliência dos olhos rosa uma maneira de manifestação nos canelas).
3. Macho portador de canela X Fêmea sem canela
Machos e Fêmeas sem canela. Machos portadores de canela. Fêmeas canela.
4. Macho portador de canela X Fêmea canela Machos portadores de canela. Fêmeas sem canela. Machos e Fêmeas canela.
5. Macho canela X Fêmea canela Toda a descendência canela.
Nota:
As fêmeas não podem herdar o gene de canela da mãe dela, nem ela o pode transmitir ás
filhas dela. Ela só pode receber isto do pai dela e só pode passar isto aos filhos dela.

Introdução aos Brancos
Uma das primeiras mutações de cor que um principiante de Gloster’s irá ver será certamente o branco. È uma forma compacta, um emplumado denso, faço isto o assunto ideal para os especialistas, se os coloco com uma coroa escura, ou com uma coroa escura e com umas marcas nas asas, a beleza do gloster branco está além de comparação.
Brancos dominantes
A mutação de branco com o qual o criador de Gloster’s está a trabalhar, é conhecida como dominante.
Embora existam brancos recessivos, os poucos exemplares estão na posse de alguns criadores que se especializam em novas cores de canários.
O canário branco dominante nunca é verdadeiramente um branco puro, mas sempre exibe uma leve cor de amarelo em algum lugar das asas, e ou, no rabo. A remoção desta cor é impossível mas é possível para um perito que cria Gloster’s Fancy, onde a sua descoberta nos vai requerer mais do que um segundo olhar.
A maioria dos acasalamentos para produzir brancos é geralmente buff X branco, o parceiro branco pode ser de qualquer sexo, não pode é ser mais benéfico que o outro. O branco raramente é acasalado com um parceiro amarelo, pensa-se que o uso de amarelos aumenta o transporte da pigmentação para os brancos produzidos neste acasalamento.
Brancos claros
Se desejas produzir brancos claros, terás mais êxito usando aves que não mostram nenhuma variação. O uso do grizzle corona com coroa clara é uma vantagem neste acasalamento, mas para produzir com coroas escuras será aconselhável usar os consortes levemente marcados com coronas claros, ou consortes branco claro com coronas amarelo claro com coroa escura.
Genéticas
O modo de herança para o branco dominante é exactamente igual que para os coronas. O acasalamento de branco com amarelo claro, produz uma percentagem de 50% de cada cor que estará presente na descendência resultante. Como o branco é dominante sobre uma cor normal dois brancos nunca devem ser empregues juntos como um par de criação, porque a junção de dois factores dominantes dá 25% de filhotes que não são viáveis, por exemplo não são bastante fortes para sobreviver.

Introdução aos (Amarelos) Intensos
Na tentativa de se atingir o standard de exibição, muito do teu trabalho vai ser com aves em que a textura das penas é de cor buff (pássaros amarelos em que tem uma grande percentagem de verde) em vez de (Amarelos) Intensos.
Contudo, agora muitos dos criadores reconhecem a necessidade de ter um bom gloster
(Amarelo) Intenso para uma melhor qualidade no seu viveiro.
O gloster (Amarelo) Intenso devido principalmente a sua fina textura da pena, normalmente apresentam um aspecto delgado e comprido, em contradição com o standard de um gloster de exposição, por isso o uso regular de acasalamentos contínuos de (Amarelo) Intenso X
(Amarelo) Intenso, ou (Amarelo) Intenso X buff, é sem duvida um passo atrás na qualidade.
Ainda assim, depois de várias gerações de acasalamentos de buff’s, se for acasalado um
gloster (Amarelo) Intenso com um buff, o patamar atingido é inquestionável.
Usando o gloster amarelo na tua criação:
Nunca subestimes o uso do gloster (Amarelo) Intenso no teu viveiro, o uso deste tipo de gloster pode melhorar ou quebrar a qualidade da tua criação. É então essencial que tu mantenhas registos detalhados de todas as tuas aves. Para beneficiar da introdução de sangue
(Amarelo) Intenso, precisarás de saber que quantidade de (Amarelo) Intenso está em cada uma das tuas aves buff. Além do mais, precisarás de mostrar um pouco de paciência antes de recolher as devidas recompensas, como precisarás de dar alguns passos atrás, antes de dar o salto em frente.
Um exemplo de registo pró-forma da tua criação pode ser encontrado no anexo ” registos do stock de criação”.
Tu vais ver que mesmo um gloster (Amarelo) Intenso excepcional, nunca se pode comparar com o seu homólogo buff, mas colocando dois casais em que cada um contenha um parceiro
(Amarelo) Intenso, mais tarde irás recolher bons dividendos.
Se não desejas te dedicar aos Gloster’s (Amarelo) Intenso com o propósito de os levares a exposição, então deves ter uma linha de (Amarelo) Intenso separados da tua criação principal. Isto vai permitir fazer uso completo da segunda geração de crias (Amarelo) Intenso -
buff, para tentar eliminar qualquer aspereza que comece a aparecer na tua principal linha de criação de buff’s.
Os Glosters buff’s nascidos na segunda geração após o acasalamento com um (Amarelo)
Intenso, devem apresentar já um regresso as linhas exigidas pelo standard, enquanto continuam a mostrar a excelente plumagem herdada dos seus avós (Amarelo) Intenso.
Qualquer (Amarelo) Intenso nascido do acasalamento (Amarelo) Intenso com buff será uma adição bastante benéfica para o teu viveiro, mas de modo algum nenhum deve ser permitido, saturar a tua criação. Assim sendo, desta forma eles apenas serão guardados se forem aves exemplares. Os consortes (Amarelo) Intenso podem ser usados para tirar vantagem daqueles coronas com excepcionais bons corpos, que são o resultado da criação ideal, retirar consortes buff’s que exibam pena curta. Não infrequente esta ave mostra a falta de uma boa pena na coroa, devido á quantidade de acasalamentos de buff’s que foram usados nas gerações anteriores, e enquanto inútil para exposição, é ideal para o uso acima esboçado.


Manutenção da criação dos (Amarelos) Intensos
Para começar a criar, e a manter uma boa criação de Gloster’s (Amarelos) Intensos de exposição, requer da tua parte uma considerável esperteza. A maioria dos problemas que tu encontrarás será causada pela delicadeza da pena amarela.
Como exemplo, grande parte dos (Amarelos) Intensos exibem um comprimento considerável de pernas e bicos pouco grossos. As penas que constituem a coroa, serão vistas como cabelo e longe do standard exigido para exposição. Contudo, apesar destas desvantagens todas, seguramente compensa a gloriosa profundidade da cor.
Com tão excelente material buff com que trabalhar, a criação de bons (Amarelos) Intensos está longe de ser impossível, contudo é requerida dedicação e paciência.
Nota:
Não tentes obter uma excepcional profundidade da cor, logo tu verás que quanto maior for a profundidade no tom da cor, pior é a plumagem que exibe.
O que é necessário é um compromisso, onde a profundidade da cor é transportada, numa densa e boa textura de pena. Uma vez isto alcançado, tu podes esperar para ver o aparecimento de um pouco de qualidade entre os consortes descendentes.
Vocábulo: Buff Canário amarelo com uma grande percentagem de verde

 

 

 

 

Usando o Gloster corona na tua criação:
Agora que sabemos como o corona herda a sua coroa, é possível ver qual é o standard tipo para uma exposição.
É suposto que o criador está a usar aves próximas da perfeição em atributos corporais tanto quanto possíveis.
Quando se cria para exposição, há duas coisas que devem ser consideradas:
As aves de exibição são o produto final de uma cadeia de acasalamentos seleccionados e um stock de aves que formam a continuação da cadeia de criação. (Como a criação dos canela e dos amarelos.)
Pode-se dizer que necessitamos na criação de coronas, uma ave que mostra uma boa qualidade de penas na coroa para se visualizar uma base próxima da perfeição.
Pontos que devem ser evitados ao seleccionar os coronas para criação, é aves em que faltam penas na coroa particularmente á frente, e os que têm o centro da coroa longe da frente.
Também as coroas que têm o centro muito perto da frente e os que têm uma prega entre a coroa e o pescoço.
Todos estes pontos são extremamente difíceis de tirar da criação, e se alguns destes pontos forem usados, será encontrado durante os anos da nossa criação.
Tal como é mencionado na informação dos grizzles, a forma mais desejável para produzir coronas, para exposição, é da variedade escura, e para este fim, o Gloster verde foi dado como possuindo o tipo de qualidade mais excelente das penas nos Gloster’s Fancy. O
Gloster verde é agora provavelmente, e universalmente aceite como sendo a ave mais útil dentro do nosso viveiro de Gloster’s Fancy.